domingo, 26 de abril de 2009

fim

...

back

cansado demais para produzir alguma coisa que me pareça valer a pena.


terá saída este meu túnel?!

domingo, 19 de abril de 2009

going away

so long...

sábado, 18 de abril de 2009

fora de casa

olho inconscientemente para os traços na cabeceira da cama.
ainda não consigo abstrair-me da ideia de ter vindo para tão longe.
imagino como será quando chegar ao último e não quero sair desse pensamento.
entretanto despertamos e fomos acordados pela notícia de avanço.
finalmente, para uns e, mais algum tempo de espera para outros.
o renascer da vontade e o cumprimento do que nos é proposto fazer, trouxe um brilho no olhar ansioso de todos os habitantes deste pacato "distrito".
a outros, trouxe a adrenalina e o nervosismo, inerente à proximidade da alteração da situação rotineira que até à data se vivia.
boa-venturança


"God Speed"

sexta-feira, 17 de abril de 2009

nestes dias...


where is my mind...
and what if?
i...
you...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

samsara


a escolha do caminho que percorremos nem sempre é a correcta
despertar a mente...
voltar atrás tantas vezes quantas necessárias...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

"the cook" ao som de Debussy

1930h, inverno, finais do segundo mês de 2008 (rotina clássica):
chego a casa após mais um treino na cidade universitária.
a evolução é rápida e contínua.
tomo um banho rápido para não arrefecer muito.
head-phones, chinelos, calções de praia, sweat amarela "etnies", saio do quarto.
no caminho para a cozinha passo pelo corredor, sai-me o primeiro "boa noite, tudo nice?". passo entretanto pela sala, 20m2 de espaço quase vazio, fico dois ou três minutos, sai mais um "boa noite" e olho em direcção à televisão. de imediato passo à cozinha, penso, olho, revejo tudo o que tenho para jantar: "nada em especial hoje!"
começo as movimentações, agarro nisto e naquilo, lembro-me de algo mais mas não é ainda suficiente.
questiono a sala: "posso utilizar este e aquele ingrediente que têm ali?"
recebo um sinal afirmativo.
continuo a movimentar-me. facas, tábua, tacho, panela, colher, garfo, mais isto e aquilo e... movimento-me, vou daqui para ali e de lá para cá.
fogão, lume no máximo que rapidamente passa a brando, recorrendo ao sistema "slow food".
cebolas, courgette, cenoura, alho, tomate, coentros, orégãos, salsa, sal, água, arroz basmati e criatividade que extravasa a vontade de comer.
finalmente, sentado à mesa da sala, a uns bons 5m da televisão, a calma, que toda aquela agitação me trouxe sobressai e fico espantado com os sabores que criei.
não que esta tenha sido a única vez que cozinhei, mas uma em milhares, que, de repente, associei à vontade que tenho de voltar a cozinhar.

ouvir Debussy lembra-me cavalos a correr

terça-feira, 14 de abril de 2009

"welcome, ghosts"


perseguem-me e assaltam-me o pensamento, imagens, como se de lavagem cerebral se tratasse, como se estivesse em frente a um ecrã de televisão a ver o filme da minha vida a passar em fast forward.
e recordo sagres sentado num passeio à beira da estrada à espera, e onde tive a conversa...
continuo a ouvir a mesma música... sempre em repeat.

"my very first" (not finished yet)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

a foto

0812 da manhã:
sento-me à mesa para tomar mais um fantástico pequeno almoço britânico, do qual, ultimamente, apenas aproveito os cereais.
enquanto vou envolvendo tudo com a colher sinto um peso enorme nos olhos, ao 22º dia senti pela primeira vez o cansaço, levanto a cabeça, olho em frente e não mais consegui parar.
que calma me trouxe aquela imagem ali pendurada...
ficar tranquilo ao olhar para uma foto destas não será o maior cliché de sempre?
é incrível o valor que se dá a coisas tão simples quando estamos longe delas.


domingo, 12 de abril de 2009

"the birth and death of the day"

a minha vontade era escolher a música que melhor retrate aquilo que sinto e me transporte no tempo para o local onde tudo vai acontecer amanhã. vejo-me como num filme a tentar salvar algo que me é impossível, e à medida que escrevo e ouço esta música vão-me dando arrepios tão fortes que me atiram completamente para fora do lugar onde estou.
antes de começarem a ler coloquem os phones, “piquem” no link que deixo aqui e escolham a música que dá nome a este post: http://www.myspace.com/explosionsinthesky

vejo toda a gente a passar, estou "surdo". o silêncio esmaga-me as sensações e a vontade, tudo se passa como se estivesse debaixo de água e em câmara lenta.
continuo a observar, vão andando por aí como se nada fosse, como pedras a rolar.
tenta-se agradar a uns e outros mas fica cada vez mais claro que se trata de uma missão completamente descabida, isto, quando se começa a entrar no campo dos valores que sempre defendemos. e, um dia, acorda-se e ouve-se um estalido no ar que faz agitar os corpos brandos e as mentes menos sãs.
amanhã é dia de matança!
existem uma, duas, três, várias palavras mais fortes para descrever o acontecimento futuro, mas “desapareceram” do dicionário que utilizo com alguma frequência. algo mais forte que “matança” entraria no meu tímpano com um volume tão elevado que, possivelmente, o romperia.
por estes lados, os cães povoam cidades e campos unidos por um objectivo, sobreviver. acontece também que, muitos deles são portadores de uma doença que os torna autênticos assassinos carniceiros que atacam tudo e todos (isto existe?). mais curioso ainda é que durante o dia são seres inofensivos, incapazes de se mexer, inertes e sem reacção a qualquer movimento ou passagem de pessoas, à noite, há uma transformação do seu instinto e aí, a matilha junta-se para devorar tudo que passe perto do que consideram ser seu território.
talvez isto se tenha vindo a desenvolver neles, em grande parte, por causa das condições inerentes a este “lugar”, vazio de sentimentos, onde se luta pela sobrevivência como se de um país de terceiro mundo se tratasse, ou será por desleixe dos que cá vivem, ou ainda, pelos efeitos causados pela guerra?!
estou aqui agora, sei do que vai acontecer já há algum tempo, mas nada posso fazer. está “culturalmente” instituído e a própria polícia tem ordens para actuar de forma violenta e implacável perante estas situações, abatendo-os a tiro.
mas será, o seu abate, a forma mais eficaz de combater o perigo a que todos estamos sujeitos quando, por exemplo, corremos à volta do perímetro e vemos cerca de 15 ou 20 cães calmamente sentados nas sombras das árvores?! não haverá outra forma de actuar?!
é certo que a densidade populacional canina atinge proporções desmesuradas. é também um facto que a doença que os afecta não tem remédio possível, mas é doloroso ficar imparcial e não questionar as decisões que, possivelmente, serão as mais acertadas e terão sido debatidas, por certo, mais que uma vez.
amanhã, ao raiar do sol, o dia vai começar como tantos outros, no entanto, para mim, rapidamente morrerá.
apenas peço que sejam rápidos e indolores.

princesa teresa fica longe daqui

ps: nenhum de nós (portugueses) vai ser responsável pelos actos.

sábado, 11 de abril de 2009

163

e de repente, o tempo parece ter estagnado no número 20:
20 dias a viver dentro de um contentor de 8 m2.
20 dias a acordar cedo, sem sequer sonhar com o dia em que poderei voltar a acordar tarde ao fim de semana.
20 dias a comer, tipicamente britânico (não me queixo para já).
20 dias a tentar ler o livro que a mariana me emprestou (em vão).
20 dias a pensar: "quando irei ter tempo para fazer tudo o que me propus fazer?"
20 dias a correr à volta do mesmo circuito.
20 dias a pensar no dia 28 de maio de 2009.
20 dias a pensar no dia 26 de março de 2008.
20 dias em que só bebi duas cervejas.
20 dias a criar rotinas (pânico).
20 dias para descobrir que o bar inglês é um cantinho bem mais sossegado que o português (fuga à rotina).
20 dias dias a comer pó.
20 dias sem vestir algo diferente do habitual verde.
20 dias a deixar-me dormir antes de acabar de ver um único episódio, da série que ando a seguir, até ao fim.
20 dias sem ter que pegar no telemóvel mais do que umas meras duas ou três vezes ao dia (genial).
20 dias a pensar: "quando chegará a verdadeira notícia que nos fará avançar?"
20 dias a passar por uma enorme quantidade de corvos que povoam as poucas árvores que há neste deserto.
20 dias em que conheci não mais do que duas ou três pessoas (estranho para quem está num país diferente).
20 dias em que não dormi mais de 6 horas por noite (deitar mais cedo será o próximo objectivo)
20 dias que deram para aprender, bastante sobre poucas coisas e ,muito pouco sobre muitas coisas

163



sexta-feira, 10 de abril de 2009

véspera



aspecto natural das ruas e casas em Pristina


amanhã faz 20 dias que cheguei.
o balanço para já é positivo e pouco vi ainda.



my very first (not finished)


não consigo parar de ouvir a mesma música...
está em repeat desde que me sentei de manhã.


quinta-feira, 9 de abril de 2009

"mais vale a pimenta que o cianeto"

acontece que o fulminante estoira, e rapidamente me transporta para a palavra cujo significado não consigo encontrar.
numa busca incessante e insatisfatória, percorro site após site e volto a escrevê-la no google e depois no dicionário e por fim... ah... fo"&-%!... afinal não era: "Found No Matching Entries".
deixo-me ficar então, sossegado, à espera que algum dia possa alguém aparecer para lhe dar o verdadeiro sentido.
limito-me a ouvir o som que a faz pairar por aí, a sentir e a reviver.
é verão, quase por do sol, entro no carro e abro os vidros antes de arrancar, espero um pouco e observo tudo à minha volta. vejo até a câmara a rodar 360º como se estivesse a observar-me.
parto com a brisa fresca dos finais de tarde à beira rio, tenho a sensação de passar por todas as avenidas, ruas e ruelas da grande cidade onde ganhei as raízes que sustentam o meu corpo, agora desencontrado a cerca de 3485km de distância e onde os ventos sopram de forma diferente.
perto da passagem da vintena revejo todas as palavras, todas as frases, todos as vírgulas e pontos no final das mesmas e apercebo-me da notória falta que me faz a calma e a tranquilidade de encontrar a essência de tudo o que procuro.
mas... e a "pimenta" que está agora sob a mesa? sirvo-me? ou não?
a antevisão de que tudo cairia num estado de estagnação tal que, servir o "cianeto" seria a solução óptima fica arredada?
coloco uma boa pitada no prato, sofro à primeira garfada, sofro menos à segunda e assim crio a habituação que dará lugar ao conhecimento das reacções que tive, tenho e terei.
aguardo, todavia, ir de encontro ao mais profundo significado do que não encontro.



quarta-feira, 8 de abril de 2009

torção convulsiva

entretanto, já se começam a fazer analogias como as que vejo na foto.
o tempo vai passando e aos poucos, os rostos vão-se desvanecendo...
estranho é, que o meu seja um dos poucos que está focado.

é fo$%#" estar longe, mas ganha-se tanto com a aprendizagem!

turbulência da mente

o altruísmo anafado e de aparência acanhada é, por si , a definição menos altruísta que pude registar até ao momento. no entanto, merece ser tida em conta e não deixada ficar ao acaso.
isto porque, essa mesma definição, sai de mim, e de mim, que nada s
ei, jamais deveria sair algo semelhante.
simplesmente acho que se não estivermos inclinados para lutar pelo bem do próximo, será desnecessário andar por a tentar fazer ver aos outros o quão filantropos somos.

"white dot"

terça-feira, 7 de abril de 2009

as cartas

escrevo todos os dias.
escrevo, e não paro de escrever.

escrevo, para quem me quer, e escrevo para quem não me quer, para quem gosta e para quem não gosta.
escrevo, escrevo apenas.
escrevo, uma, duas, três, quatro cartas.
escrevo, mas... guardo-as para mim como se fossem pequenos tesouros onde me agarro.
escrevo, escrevi e vou escrever todos os dias que aqui estiver.
escrevo, esteja debaixo de chuva ou neve ou sob um sol abrasador.
escrevo, nem que não tenha folhas para escrever, mas escrevo. registo-o mais tarde.
escrevo, maior parte das vezes sem sentido.
escrevo, mesmo que o faça apenas para matar o tempo, que pa
ra já se mostra escasso.
escrevo, e tenho a nítida sensação que não sei escrever, porque simplesmente nada sei.
escrevo, escrevo-te, escrevo-me, escrevo-lhe, escrevo-lhes, mas, sobretudo, escrevo-te a ti...
escrevo, e coloco-as todas meticulosamente dentro de uma caixa que por aqui encontrei.
escrevo, e no final direi: escrevi e vou levá-las comigo.
escrevo, e entrego-as a quem as quiser ler.
escrevo, somente isso, porque nada mais posso fazer do que me expressar desta maneira extraordinária.
escrevo... escrevo... escrevo...

...

1752horas: a impermanência da mente

I wanna live
with a cinnamon girl
I could be happy
the rest of my life
With a cinnamon girl.

A dreamer of pictures
I run in the night
You see us together,
chasing the moonlight,
My cinnamon girl.

Ten silver saxes,
a bass with a bow
The drummer relaxes
and waits between shows
For his cinnamon girl.

A dreamer of pictures
I run in the night
You see us together,
chasing the moonlight,
My cinnamon girl.

Pa sent me money now
I'm gonna make it somehow
I need another chance
You see your baby loves to dance
Yeah... yeah... yeah...

Neil Young 1969



segunda-feira, 6 de abril de 2009

paragem

a percepção que temos daquilo a que estamos habituados, apenas emerge quando, realmente, estamos longe de tudo e de todos.
0930 da manhã, sento-me em frente ao monstro que herdei e ligo pela primeira vez as colunas que ficaram abandonadas no gabinete ao lado.
passaram 15 dias desde que cheguei e não me tinha ainda lembrado de fazer a mais simples das actividades matinais, parar e ligar o rádio (emissão on-line).
êxtase, paragem, arrepio, nervoso e por fim, a calma.
inerte e incapaz de transmitir qualquer movimento, assim me mantive durante uma boa porção do tempo que deveria ocupar com a produção de trabalho.
no final, criei apenas uma única ideia interior, "estou em portugal".


freeze

domingo, 5 de abril de 2009

"viagem"

vive na inexistência dos entediantes acontecimentos.
um furacão passa ao lado com uma força capaz de transportar o maior dos pesos, no entanto, apenas lhe faz mover a cabeça em direcção ao solo.
cansado do que permanece, tudo acaba por convergir num único sentido, aquele que tinha imaginado há algum tempo atrás.
caminha em direcção ao pequeno "clic" que acenderá a réstia de chama que envolve o sentimento. sentimento que o puxa em direcção a tudo o que o rodeia, causando-lhe sensações nunca antes experienciadas, a maior delas, a distância, do mundo exterior, da civilização, dos barulhos da cidade e das noites de verão escaldante em que percorria a costa que lhe trazia toda a jovialidade.
persiste assim, sem alteração de qualquer estado verosímil como a pedra vermelha e barrenta que, um dia, há-de erguer em direcção ao sol da sua "viagem".



sábado, 4 de abril de 2009

there´s no light anymore

there's no mistery in here
and it's all so easy
for those who remain

sexta-feira, 3 de abril de 2009

SII

sindrome do intestino irritável...
há dias em que por mais que tentemos a vontade de escrever foge lá pros rodes do ca"&%#.
depois diz-se por aí que a melhor coisa para tirar as dores é o tramal retard (analgésico opióide que actua sobre o sistema nervoso central) e realmente fez efeito, mas por demasia, fiquei com um estalo tão grande na cabeça que quando acordei ia caindo pro lado com falta de equilíbrio e nem conseguia focar um palmo à frente do nariz.
bem, ao menos amanhã o efeito será diferente.

air recon

quarta-feira, 1 de abril de 2009

papoila


diagonal

"day ten" ou "deitén"